sábado, 15 de novembro de 2008

Quereremos pisar …..estrume?

Investigadores afirmam que desperdícios agrícolas esterilizados poderão ser utilizados para produzir painéis de aglomerado para pavimento (parquet).




Num futuro próximo as casas de Detroit poderão ter os seus pavimentos revestidos de estrume. Investigadores da Universidade Estatal de Michigan e o Departamento da agricultura dos Estados Unidos dizem que a fibra resultante do estrume de vaca, processado e esterilizado poderá vir a substituir a serradura no fabrico de aglomerado. A sua utilização é generalizada, desde o mobiliário, a pavimento, a carpintarias de interiores como armários e prateleiras.
E o extraordinário é que o resultado final não cheira mal.
Os investigadores acreditam que esta poderá ser uma solução para os cerca de 900 biliões de toneladas anuais de desperdícios agrícolas.
Tradicionalmente os agricultores e criadores de gado utilizavam o estrume, espalhando-o pelos seus campos como fertilizante natural (adubo). Mas as quintas de gado actuais, especializaram-se e cresceram de tal forma, que se encontram numa situação em que não têm terra suficiente para a quantidade de estrume produzida.
Além de tudo isto, os terrenos agrícolas são, cada vez mais, ocupados para construção de habitações, e os seus residentes tendem a não apreciar os odores de um terreno recentemente adubado.

O professor de silvicultura Laurent Matuana, à esquerda, e o assistente de pós-doutoramento Omar Faruk, à direita, observam um compósito a ser extrudido no Natural Resources Building na Universidade Estatal de Michigan. O pedaço extrudido é derivado da madeira, no entanto o mesmo processo poderá ser realizado com um derivado do estrume. (AP Photo/Kevin W. Fowler)

De acordo com Tim Zauche, professor de química da Universidade de Wisonsin Platteville, os agricultores estão a gastar cada vez mais para tratar os dejectos dos seus animais, gastando até $200 por cabeça de gado.
Assim, como o aglomerado convencional derivado da madeira, o baseado em estrume também é resultado da combinação de fibras com resinas químicas, que são posteriormente submetidas a um misto de calor e pressão.
Gould e Laurent Matuana, professores de silvicultura na estadual de Michigan, têm trabalhado num estudo que permite afirmar, que até á data, os paineis de fibra processados com estrume têm uma excelente performance em testes mecânicos, igualando e até excedendo os valores dos painéis de partículas derivados da madeira.
Um custo reduzido pode não ser suficiente para superar os preconceitos associados á origem deste material. Algumas associações ligadas á indústria dos derivados da madeira defendem-se com esse argumento, alegando que “ se ninguém na indústria estiver interessado, o produto morrerá eventualmente.”
Ainda assim e apesar de todos estes entraves parece-nos que esta é, sem dúvida, uma investigação que merece ser acompanhada. Uma vez devidamente optimizada a sua transformação, os derivados de estrume poderão contribuir para a resolução de dois graves problemas, a desflorestação e uso excessivo de derivados de madeira e os biliões de toneladas de desperdícios agrícolas produzidos anualmente. Desta forma caminhamos para uma situação, em que pisar dejectos, será algo positivo.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Seguindo o seu rasto


O correspondente da secção ambiental do New Scientist, Fred Pearce, está numa cruzada pelo mundo com o objectivo de seguir a sua “pegada” ecológica (ecological footprint).
Esta semana está no Bangladesh, a examinar as condições em que foram produzidas as suas calças de ganga. “Estas mulheres trabalham um mínimo de 10 horas por dia numa das principais capitais de exploração laboral do mundo. Eu descobri de onde vêm as calças, pelas quais paguei £9 (+-16€) numa loja em Inglaterra. Vêm de mulheres como estas.”
A indústria do vestuário constitui cerca de 80% da exportação do Bangladesh, e as mulheres que produzem estas calças de ganga ganham abaixo de $1 por dia.
Pearce já tinha viajado até á Tanzânia para investigar a origem do seu café favorito, e até á África do Sul para ver as condições em que foi extraído o ouro para o seu anel de casamento.
É uma jornada bastante importante que vale a pena seguir e divulgar, pois pode ajudar-nos a reflectirmos sobre o impacto das nossas compras e sobre o modo a nossa cultura de consumo descartável não é sustentável. Artigos baratos são, aparentemente, bons para o consumidor em detrimento do planeta e daqueles que trabalharam para os produzirem em países em vias de desenvolvimento. Este tipo de informação deverá fazer de nós consumidores conscientes desta globalização, reflectindo sobre o modo como gastamos o nosso dinheiro. Afinal, para a indústria o nosso dinheiro é o nosso voto.
Via: New Scientist


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Faça você mesmo – o cúmulo da eficiência



O cartão já é um clássico do eco-design, é reciclado, reciclável, bio-degradável e bastante eficiente no que diz respeito ao transporte, por ser leve e até dobrável.

Nicola Enrico Stäubli, mais um arquitecto que se dedicou a fazer experiências com cartão, conseguiu superar por completo esta comum e prezada característica do material, a facilidade de transporte, uma vez que envia as suas peças através da Internet, ao invés dos comuns meios de transporte. Este factor é decisivo pois não só elimina intermediários como poupa uma parafernália de recursos (combustíveis, humanos, económicos e consequentemente ambientais).

A Foldschool é uma colecção de mobiliário infantil, que será manufacturada por si. Para isso bastará fazer o download das instruções, imprimir no seu computador pessoal e munido de uma placa de cartão, montar uma bela e estável peça de mobiliário infantil.

No fundo trata-se de vender a ideia, e pouco mais, você que comprou controla o resto do processo, a certeza de que a matéria-prima teve uma proveniência local e a garantia de que foi produzido por mãos competentes e dedicadas, se possível, com a colaboração das crianças.

E quando você e as suas crianças se fartarem da mobília podem tirar uma fotografia e enviar de volta para o Nicola que a colocará no seu website, fechando assim o ciclo.


Via Josh Spear


Sorry is NOT Enough

945 mortes por ano!

sábado, 31 de março de 2007

Uma definição de desenvolvimento sustentável

" Por desenvolvimento sustentável entende-se o desenvolvimento que satisfaz as necessidades actuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem as suas próprias necessidades "

Segundo a definição estabelecida no Relatório Bruntland, "Our Common Future" de 1987, pela ex-Primeira Ministra da Noruega

quarta-feira, 21 de março de 2007

Touch Screen





Porque aqui no verdesign07 não acreditamos que a tecnologia de ponta se oponha á sustentabilidade, apresentamos este sistema revolucionário de touch screen. Manipulação directa de elementos, navegação na internet , modelação 3d, tudo tão natural que só poderá fazer bem á saúde.
Realçamos este exemplo, porque permite, pela sua facilidade de utilização e interactividade, que reuniões e apresentações se tornem bastante mais ecológicas. Muitos poderão dizer que outras ferramentas que apresentam de forma digital os elementos em discussão (Powerpoint e afins) já o fazem, mas a verdade é que quando se torna necessário discutir os elementos da apresentação passa-se ao papel, risca-se e volta-se a riscar para explicar rapidamente uma ideia e depois lixo ou recorre-se ao quadro branco com marcadores de álcool.
Por isso, parece-nos que, onde este sistema realmente se destaca é na interactividade, a informação não necessita para ser discutida de passar ao papel, poderá ser apresentada, discutida e alterada sem deixar o formato digital, porque a sua facilidade de utilização o permite e a sua espectacularidade de utilização o promove.

via SFgate.com e perceptivepixel

terça-feira, 13 de março de 2007

Respirem fundo


Inspira, expira, inspira, expira, inspira, ...........(e aguenta!?)

segunda-feira, 12 de março de 2007

Energias renováveis levam Cavaco Silva ao futuro maior complexo eólico da Europa

Da paisagem povoada por montanhas que se elevam junto à sede do concelho de Vila Nova de Cerveira sobressaem desde Fevereiro do ano passado as ventoinhas gigantes de um parque eólico, o de S. Paio, que hoje será visitado pelo Presidente da República.
in Publico.pt

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Maior central solar do mundo já produz electricidade no Alentejo

A maior central fotovoltaica do mundo, instalada em Serpa (Beja), já está a produzir energia para a rede eléctrica nacional, ainda em fase experimental, devendo começar a funcionar em pleno no início de Março.
in Diario Economico.com

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6 000 000 Toneladas de Petróleo