quinta-feira, 3 de maio de 2007

Seguindo o seu rasto


O correspondente da secção ambiental do New Scientist, Fred Pearce, está numa cruzada pelo mundo com o objectivo de seguir a sua “pegada” ecológica (ecological footprint).
Esta semana está no Bangladesh, a examinar as condições em que foram produzidas as suas calças de ganga. “Estas mulheres trabalham um mínimo de 10 horas por dia numa das principais capitais de exploração laboral do mundo. Eu descobri de onde vêm as calças, pelas quais paguei £9 (+-16€) numa loja em Inglaterra. Vêm de mulheres como estas.”
A indústria do vestuário constitui cerca de 80% da exportação do Bangladesh, e as mulheres que produzem estas calças de ganga ganham abaixo de $1 por dia.
Pearce já tinha viajado até á Tanzânia para investigar a origem do seu café favorito, e até á África do Sul para ver as condições em que foi extraído o ouro para o seu anel de casamento.
É uma jornada bastante importante que vale a pena seguir e divulgar, pois pode ajudar-nos a reflectirmos sobre o impacto das nossas compras e sobre o modo a nossa cultura de consumo descartável não é sustentável. Artigos baratos são, aparentemente, bons para o consumidor em detrimento do planeta e daqueles que trabalharam para os produzirem em países em vias de desenvolvimento. Este tipo de informação deverá fazer de nós consumidores conscientes desta globalização, reflectindo sobre o modo como gastamos o nosso dinheiro. Afinal, para a indústria o nosso dinheiro é o nosso voto.
Via: New Scientist


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Faça você mesmo – o cúmulo da eficiência



O cartão já é um clássico do eco-design, é reciclado, reciclável, bio-degradável e bastante eficiente no que diz respeito ao transporte, por ser leve e até dobrável.

Nicola Enrico Stäubli, mais um arquitecto que se dedicou a fazer experiências com cartão, conseguiu superar por completo esta comum e prezada característica do material, a facilidade de transporte, uma vez que envia as suas peças através da Internet, ao invés dos comuns meios de transporte. Este factor é decisivo pois não só elimina intermediários como poupa uma parafernália de recursos (combustíveis, humanos, económicos e consequentemente ambientais).

A Foldschool é uma colecção de mobiliário infantil, que será manufacturada por si. Para isso bastará fazer o download das instruções, imprimir no seu computador pessoal e munido de uma placa de cartão, montar uma bela e estável peça de mobiliário infantil.

No fundo trata-se de vender a ideia, e pouco mais, você que comprou controla o resto do processo, a certeza de que a matéria-prima teve uma proveniência local e a garantia de que foi produzido por mãos competentes e dedicadas, se possível, com a colaboração das crianças.

E quando você e as suas crianças se fartarem da mobília podem tirar uma fotografia e enviar de volta para o Nicola que a colocará no seu website, fechando assim o ciclo.


Via Josh Spear


Sorry is NOT Enough

945 mortes por ano!

sábado, 31 de março de 2007

Uma definição de desenvolvimento sustentável

" Por desenvolvimento sustentável entende-se o desenvolvimento que satisfaz as necessidades actuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem as suas próprias necessidades "

Segundo a definição estabelecida no Relatório Bruntland, "Our Common Future" de 1987, pela ex-Primeira Ministra da Noruega

quarta-feira, 21 de março de 2007

Touch Screen





Porque aqui no verdesign07 não acreditamos que a tecnologia de ponta se oponha á sustentabilidade, apresentamos este sistema revolucionário de touch screen. Manipulação directa de elementos, navegação na internet , modelação 3d, tudo tão natural que só poderá fazer bem á saúde.
Realçamos este exemplo, porque permite, pela sua facilidade de utilização e interactividade, que reuniões e apresentações se tornem bastante mais ecológicas. Muitos poderão dizer que outras ferramentas que apresentam de forma digital os elementos em discussão (Powerpoint e afins) já o fazem, mas a verdade é que quando se torna necessário discutir os elementos da apresentação passa-se ao papel, risca-se e volta-se a riscar para explicar rapidamente uma ideia e depois lixo ou recorre-se ao quadro branco com marcadores de álcool.
Por isso, parece-nos que, onde este sistema realmente se destaca é na interactividade, a informação não necessita para ser discutida de passar ao papel, poderá ser apresentada, discutida e alterada sem deixar o formato digital, porque a sua facilidade de utilização o permite e a sua espectacularidade de utilização o promove.

via SFgate.com e perceptivepixel

terça-feira, 13 de março de 2007

Respirem fundo


Inspira, expira, inspira, expira, inspira, ...........(e aguenta!?)

segunda-feira, 12 de março de 2007

Energias renováveis levam Cavaco Silva ao futuro maior complexo eólico da Europa

Da paisagem povoada por montanhas que se elevam junto à sede do concelho de Vila Nova de Cerveira sobressaem desde Fevereiro do ano passado as ventoinhas gigantes de um parque eólico, o de S. Paio, que hoje será visitado pelo Presidente da República.
in Publico.pt

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Maior central solar do mundo já produz electricidade no Alentejo

A maior central fotovoltaica do mundo, instalada em Serpa (Beja), já está a produzir energia para a rede eléctrica nacional, ainda em fase experimental, devendo começar a funcionar em pleno no início de Março.
in Diario Economico.com

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6 000 000 Toneladas de Petróleo

domingo, 11 de março de 2007

Piores condições mas melhores exemplos


“Se olharem com atenção, funciona como uma bicicleta onde o trabalho realizado pelo homem é substituído pelo do vento” disse William Kamkamba do Malawi, Africa após ter construído o seu aparelho de revolução.
Denomina de revolução porque gira em torno de um eixo, mas principalmente porque alterou de forma radical o modo como ele e muitos à sua volta passaram a viver desde então.
William abandonou a escola em 2002 por não ter dinheiro para as propinas. No entanto manteve o seu interesse pela ciência, dedicando-se à leitura de vários livros dos quais destaca “Using Energy” e “How it Works”.
Utilizando os livros como referência e algum dinheiro para materiais que conseguiu angariar, ele conseguiu num processo de tentativa erro, construir um moinho de vento (aerogerador) capaz de gerar energia eléctrica suficiente para iluminar o seu quarto. Na sequência deste sucesso decidiu construir um ainda maior, do qual os seus pais também pudessem beneficiar. Com um custo total de aproximadamente $15, o mecanismo está assente num tripé de troncos de madeira de 5 metros de altura. Construído com materiais encontrados na região, como rolamentos, dínamo de bicicleta, correia de transmissão e um esquadro de bicicleta.
Ao contrário da maioria dos moinhos de vento onde as hélices giram em torno de um eixo com uma ligação directa ás turbinas, William adicionou roldanas para aumentar a velocidade de rotação, gerando com isso mais energia. Um sistema de três roldanas ligadas a uma roda de bicicleta que ao girar acciona um dínamo que gera electricidade. A corrente gerada é transferida para a sua casa que desempenha o papel de sub-estação.
Durante o dia carrega baterias de automóvel de 12v de modo a poder usufruir da electricidade mais tarde, no caso de o vento não soprar quando necessita de energia. Diz ainda que também permite que outros carreguem as suas baterias, podendo assim “ouvir rádio durante duas semanas seguidas sem terem que recarregar”.
Agora os seus pais já se tornaram dependentes da electricidade do seu moinho de vento, possuem 4 lâmpadas instaladas em casa e 2 rádios. Já se esqueceram do preço da parafina que costumavam usar para iluminar a casa, para não falar do sofrimento das longas caminhadas até ao mercado local para a comprar. Outra consequência da queima da parafina de que realçam não ter saudades é o fumo tóxico que lhes enublavam a casa.
Ao contrário de muitos de nós, não foram a falta de condições, como dinheiro ou educação que impediram William de criar um verdadeiro instrumento de mudança na sua vida e na de alguns daqueles que lhe são próximos. Se tivermos em conta que vivemos todos no mesmo planeta, atitudes como esta, na sua pequena escala, melhoram a qualidade de vida de todos nós. Apenas lamentamos que estes exemplos sejam a excepção que confirma a regra.

quinta-feira, 1 de março de 2007

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Olá a todos,

Começa hoje o Verdesign07, um blog onde se apresentam sítios, eventos, objectos, artefactos, etc... dentro do design sustentável.
Reduzir, Reutilizar, Reciclar... em design, arquitectura, artes, artesanato, bricolage, etc...O que nos importa é a criatividade e o engenho ao serviço da sustentabilidade da Terra que tanto adoramos.
Todos podem participar, enviando os exemplos de como é possível viver e ser-se cultural de uma forma sustentável.
Queremos ser uma base de dados pesquisável para todos aqueles que se interessam por estas áreas e pela vida com qualidade, e onde, podem encontrar os melhores sítios com as melhores ideias e soluções.
Há mais, muito mais do que aquilo que imaginamos, o mundo é riquíssimo, e a capacidade milenar do desenrrasque traz sempre óptimas ideias.

Vamos surpreender-nos.
Aguardamos a colaboração de todos.
Bem vindos.